sábado, 18 de julho de 2009

Miradouro da Graça




O miradouro da Graça, em grande medida por ser aqui ao lado de casa, mas também por ser, para mim, a melhor vista que um algarvio emigrado pode ter de Lisboa, é como um santuário. Um refúgio. Ás vezes, um escritório ao ar livre, onde os pombos me cagam no ombro.

Este texto podia ter nascido lá. Em suma, digamos de desenvolvi uma certa medida de sentimento de pertença para com o lugarejo.

Desde dia 2 de Julho do ano da graça (curioso) de nosso Senhor Jesus Cristo, este lugar foi rebaptizado como Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen. Nada contra.

A senhora escrevia muito bem, era uma cidadã notável e apaixonante, e essas coisas todas. Mas sejamos honestos: se era para usar isso como desculpa para filmar entrevistas com o Miguel Sousa Tavares no meu miradouro, ou levarem lá o António Costa e o José Sá Fernandes a beber um copo, mais valia terem ficado quietos. Miradouro da Graça chegava. E era muito mais curtinho. É que aos miradouros é mais difícil dar diminutivos que aos cães. Estes gajos não têm livros para escrever e obras para inaugurar?

(Fotografia de Dias do Reis)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ínicio auspicioso

Creio que será bom estar por aqui.

Pelo menos, será certamente menos embaraçoso do que ser o Mário Lino ou o Manuel Pinho com câmaras de TV por perto.